Dentro da câmara mortuária, de luz tênue, um grupo detrabalhadores retirou a tampa dourada do sarcófago de Tutankamón e içou a caixa acolchoada que continha a múmia descansando a maior parte de seu tempo desde a morte prematura do imperador.
Assim, prontamente transladaram a múmia para uma vitrine climatizada de cristal acrílico situada na antecâmara da tumba e selaram sua cobertura. Seu rosto delgado se pode ver em um extremo, com seu corpo coberto por um pano de linho branco, com seus pés enegrecidos sobresaindo na outra extremidade.
Tutankhamon foi um faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência. Era provavelmente filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Nefertiti. Casou-se aos 10 anos com Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon. Assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezenove anos, sem herdeiros.
Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egipto de 3400 anos atrás.