quinta-feira, 31 de julho de 2008

Marte para os Marcianos!!!


Compartilhar não custa nada...

Ontem achei este disco no excelente site http://coletaseletiva.wordpress.com
(em breve colocarei a seção de links do E.C.H.O.E.S.B.R.A.S.I.L)


Gostei da seleção... extendo a quem possa interessar.


O Brasil que você não viu! (12/2003)


01 - Cloud Nine - Wilson das Neves

02 - Tamborim Cuíca Ganzá e Berimbau - Azymuth

03 - Fumacê - Golden Boys

04 - Antes Que a Cidade Durma - Vanderleia

05 - Tudo Jóia - Orlandivo

06 - Mambito de Arake - Wilson Das Neves

07 - Bolinha De Sabão - Orlandivo

08 - Juventude 2000 - Wilson Das Neves

09 - Sidarta - Johnny Alf

10 - Coqueiro Verde - Trio Mocotó

11 - Vatapá - Anjos Do Inferno

12 - Ser Que Eu Vou Virar Bolor - Arnaldo Baptista

13 - Na Na Hey Hey Kiss Me Goodbye - Wilson Das Neves

14 - Onde Anda Meu Amor - Trio Mocotó

15 - Bebete Vão Bora - Wilson Das Neves

16 - Zé Do Contra - Isaura Garcia

17 - Gueri-Gueri - Orlandivo

18 - Pisei Num Despacho - Jackson do Pandeiro

19 - Nega Maluca - Linda Batista

20 - Rock Around The Clock - Wilson Das Neves

21 - Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki - Arnaldo Baptista

22 - Espelhos Dagua - Preta Gil23 - Pastorinhas - Sylvio Caldas

http://sharebee.com/4b5a174e

Blogs III



Dica enviada pelos amigos Pernaca e Káfé... Vale muito a pena dar uma olhada.

Site com vários trabalhos artísticos em desenho, grafite, animação...




quarta-feira, 30 de julho de 2008

E o jaba venceu. ..

Hoje, durante o almoço com conversas saudosistas, estavamos lembrando da 89FM - A rádio rock.
Atualmente, dá náuseas ouvir essa rádio "pop". Desde 2006, a programação desta rádio que basicamente era rock, blues e outros gêneros que cativavam os admiradores da boa música, se transformou da noite para o dia em "pseudo-hits" pops... patrocinados generosamente por gravadoras desesperadas em emplacar bandas que hoje, 2008, talvez nem mais existem. Tomara que não!!!

Poderia ser "89FM - A rádio jabá"
Soaria ao menos honesto, afinal todo mundo sabe o que cercou a mudança da programação desta rádio aqui da cidade de São Paulo.
Ao mesmo tempo... como profissional de marketing, vejo esse assunto como um case bastante interessante de reposicionamento de marca. Infeliz, diga-se de passagem.
Quer saber? Depois da internet, mp3... quero mesmo é que se dane.
Viva o Rock!!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Trips VIII

Paranapiacaba - 26/07/2008




































quinta-feira, 24 de julho de 2008

Esse cara é mestre...



"Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores."

Willian Shakespeare

http://pt.wikipedia.org/wiki/William_shakespeare

terça-feira, 22 de julho de 2008

Amaral Gurgel e a desgraça da droga

Diariamente, ao voltar do trabalho acabo sendo obrigado a utilizar a rua Amaral Gurgel no centro de São Paulo. Para quem não sabe esta via é aquela imediatamente abaixo do Elevado Costa e Silva, vulgo Minhocão, aberração esta criada pela besta maior, o ex-prefeito, ex-governador e ex-candidato da Arena, Sr. Paulo Salim Maluf. Entretanto, não quero aqui ficar falando desta pessoa, afinal ele nem merece nada mais que poucas linhas.
Quando se passa nesta avenida, o cenário visto não poderia ser mais desolador. São grupos, talvez famílias, que simplesmente moram embaixo deste viaduto, são pessoas que simplesmente são despejadas ao relento após terem "alta" da Santa Casa de São Paulo (e que não tem para onde ir) e - principalmente - são usuários de drogas, leia-se Crack. E são muitos. Para colaborar com este cenários horroroso, traficantes de drogas, prostitutas, travestis e batedores de carteira fazem o que querem em plena luz do dia. Até a a "namoradinha" do Ronaldo Fenômeno é facilmente vista por lá.

Bem... no início do ano estava em meu carro escutando a coluna do jornalista Gilberto Dimenstein na rádio CBN e ele falava daquele flautista mirim que encantava o Brasil na década de 90 com sua flauta transversal, o Charles da Flauta. Tratava-se de um menino prodígio da música, afinal sendo um garoto de origem humilde era um vencedor, pois na condição que vivia tinha tudo para ser mais um andarilho da rua Amaral Gurgel.
Para os que não se lembram, Charles da Flauta no final da década de 80 e início da década de 90 era figurinha carimbada em programas de televisão como Faustão e Gugu. Eu mesmo lembro que ficava admirado com o talento do garoto, afinal tinhamos pouca diferença de idade e ele fazia coisas incríveis com a flauta transversal, um dos instrumentos mais difíceis de se aprender. E não é só simplesmente aprender... tem que ter talento, e isso Charles demonstrava a cada domingo ao Brasil. Além dos programas de televisão, ganhou o II Prêmio Sharp de Música e dividiu palco com Arthur Moreira Lima, Altamiro Carrilho, Gilberto Gil e Paulo Moura. O futuro estava aberto e apontava para uma carreira de grande sucesso.


Aí veio a desgraça da droga. Inacreditável. No início dos anos 90, maestro Julio Medaglia, impressionado com o talento nato e ouvido absoluto do garoto, conseguiu uma bolsa na Alemanha para que Charles pudesse aprender com o primeiro flautista da Orquestra Filarmônica de Berlim, mas a viagem nunca se concretizou, pois Charles já tinha caído de cabeça no crack.
Para que se entanda bem o início deste post, hoje, Charles Pereira Gonçalves tem 34 anos, sofre de tuberculose, pneumonia e vive debaixo do viaduto Costa e Silva, a já citada Rua Amaral Gurgel.

Para ouvir um pouco do trabalho de Charles da Flauta, acessem o link abaixo:




Fontes:

Bob Marley no Brasil

Imagens da única visita de Robert Nesta Marley ao Brasil, em 1980.



TV Globo, 22/03/1980 - Participações de Milton Nascimento, Simone e Tetê Espíndola...

domingo, 20 de julho de 2008

Trips VII

Foto: Guilherme Gonçalves - Ago/07

Pirenópolis - Goiás - Brasil

sexta-feira, 18 de julho de 2008

História de Serra Pelada

Por Breno Castro Alves / Folha de São Paulo 18/7/2008


Estima-se que cerca de 120 mil pessoas viveram ali no auge do garimpo, de 82 a 86. A primeira pepita foi encontrada em dezembro de 79, por um vaqueiro da fazenda do velho Genésio, dono daquelas terras. A fofoca correu e, entre fevereiro e março de 80, mais de 30 mil homens chegaram ao local. A princípio o ouro era só na Grota Rica, um curso d´água que dava pepitas na raiz do capim, nem precisava cavar quase nada. Não demorou muito para encontrarem um dos maiores depósitos de ouro do mundo logo ali ao lado, a aberração geológica que conhecemos como Serra Pelada.

Começaram a descer os barrancos. Quem chegasse ali primeiro e demarcasse seu espaço era o dono da área. Todo mundo com um revólver 38 na cintura, não havia disputa física e a palavra do homem valia. Os barrancos mediam 2 m x 3 m e iam descendo, saindo dali em sacos nas costas dos trabalhadores. As pepitas eram mais raras, o grosso estava em pó. O solo retirado era quebrado, lavado e passado no mercúrio, material que se liga e concentra o ouro. Ao aquecer a mistura dos dois metais o mercúrio evapora primeiro, deixando para trás a riqueza dourada que motivou toda essa história.O lucro e os custos do ouro, ambos muito altos, ficavam para os sócios do barranco. Os trabalhadores recebiam diárias e uma pequena porcentagem na exploração, que com um pouco de sorte seria uma fortuna. Muita gente enricou, reinvestiu, perdeu tudo, enricou novamente. Era uma loteria, mas com chances elevadas de acerto. O título de maior garimpo do mundo não é gratuito, custou muito ouro.


Água no Tilim

Em 84, o presidente Figueiredo pagou uma indenização de US$ 69 milhões à Vale, então a estatal Companhia Vale do Rio Doce, que detinha o direito de exploração mineral da área, incorporado da Amazônia Mineração S/A em 1981. O acordo previa o fechamento do garimpo em três anos ou por mais vinte metros de profundidade, quando alcançaria a a cota 190, número que representa a altitude em relação ao nível do mar. O garimpeiro entendeu o interesse da companhia naquele depósito e a cota 190 alcançou patamar quase mítico, muitos sustentando que ali 60% ou 70% de todo o material seria ouro puro. A descida foi desenfreada e aumentou a cobrança de vidas nos barrancos que, sem estrutura, desabavam soterrando garimpeiros na própria riqueza que buscavam.


Em 85, próximos à sonhada cota 190, o buraco foi interrompido pelas autoridades. Desligadas as bombas de sucção, o Tilim, ponto mais profundo da cava, encheu de água no irrigado solo amazônico. Utilizando o argumento da segurança, fecharam aquele garimpo para abrir novo bem ao lado. Segurança nos homensA nova descida prosseguiu de forma mais racional, menos íngreme em direção ao fundo e mais segura. Foi a partir de 1987, quando novamente se aproximavam da cota 190, que sabotagens e boicotes se tornaram freqüentes. Diversos motores das bombas de sucção foram inutilizados com areia e açúcar em suas engrenagens. De um dia para o outro o segundo Tilim amanhecia submerso, necessitando muito tempo de trabalho para drená-lo com as máquinas dos garimpeiros.A passagem da água criava sulcos nas paredes da cava, aumentando muito o risco de desabamento. Em busca de segurança era preciso derrubar aquelas paredes frágeis dentro do próprio buraco que abriam, para só então recomeçar a cavar. Após muitos dias de trabalho voltavam ao ponto que estavam antes e não passava muito tempo até nova sabotagem ocorrer, exigindo repetir o trabalho. Essa estratégia quebrou financeira e moralmente o trabalhador que ainda insistia em sua busca. Em 88 se tornou inviável prosseguir e o garimpo em Serra Pelada, ao menos na cava, o buraco mais profundo, terminou. Para o garimpeiro, o mote "agua no Tilim e segurança nos homens" se tornou símbolo cínico da sabotagem que os impediu de chegar aos depósitos mais profundos de ouro.


Quadro atual

Ainda em 1987, antes do vencimento do prazo de três anos do acordo de 1984, o congresso aprovou lei aumentando o tempo de exploração da área pelos garimpeiros. Em seguida, sucessivos decretos ampliaram este prazo até 92, quando Collor conferiu novamente à Vale o direito de lavra da região. Dez anos depois, em 2002, o Congresso aprovou lei restabelecendo a possibilidade de garimpo e em 2004 foi a vez do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) definir que a garimpagem só poderia ser feita mediante cessão da Vale. Em março de 2007, a empresa cedeu o direito de exploração à Coomigasp, que assinou com a mineradora canadense Colossus em julho do mesmo ano. Desde então a composição do cenário é a mesma, a empresa vem cumprindo sua parte e deve apresentar relatório técnico no final de 2009, para só então recorrer o alvará de lavra da área, que permite a exploração mineral.Em sua parte mais profunda, o lago de Serra Pelada possui 120 metros de profundidade. Acima d'água não difere muito de um lago comum, talvez exceto pela montanha recortada que se projeta morro acima. Abaixo da superfície, depositadas no solo envenado de mercúrio, estão sobrepostas camadas de ouro, lama, sangue e ganância humana.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Lembrança difícil de esquecer...



Não gosto muito de ficar falando sobre noticias tristes. No entanto, o dia 17 de julho de 2007 - exatamente um ano atrás - ficou marcado na minha memória como um dos dias mais cinzas da minha vida.
Recordo claramente daquele final de tarde no bairro de São Judas, Zona Sul de São Paulo, onde tinha acabado de assinar a rescisão contratual de meu último emprego. Caminhava pela Avenida Jabaquara feliz da vida, afinal tinha mudado de um emprego que detestava e ia para outro que prometia ser bem melhor. Subitamente, dezenas de ambulâncias começaram a cruzar alucinadamente a avenida dirigindo-se em direção ao aeroporto de São Paulo. Obviamente, naquele momento não poderia prever a grande catástrofe que havia ocorrido, mas sabendo do país que vivo e a negligência constante de nossas autoridades, percebo que fui bastante ingênuo naquele momento de não ter pressuposto que algo havia se passado na cabeceira do Aeroporto de Congonhas em São Paulo.
Confesso que fiquei arrasado por aquelas pessoas, pelas imagens da funcionária da TAM presa numa marquise entre as chamas do avião, sem nada que pudesse fazer. É terrível a sensação de que não podemos fazer nada para ajudar, ainda mais quando se trata de um momento de grande desespero. Quem dera super heróis existissem.
Passado um ano completo da tragédia, o que se vê no local é um grande espaço vazio, cercado por tapumes azuis com estrelas brancas. Na verdade, nem sei o que deveria ser erguido ali naquele lugar. Um monumento às vitimas? Quem sabe. Mas acho que as vítimas, merecem algo melhor, merecem que todas as suas famílias sejam reparadas justamente, pois não existe nada mais cruel do que a perda de alguém querido de uma hora para outra. É uma dor enorme, que nem mesmo a maior das indenizações pode pagar. Mas a TAM tem que pagar e pagar muito caro por isso. Para largar a mão de ser negligente e irresponsável com a vida de 199 pessoas. Às famílias dessas pessoas, presto aqui minha solidariedade e digo a vocês: Não descansem nunca, atormentem, tirem o máximo que puderem desta empresa.
Lembro que duas semanas depois estava eu num avião da Gol, embarcando justamente de Congonhas para Porto Alegre. Foi um sentimento estranho, recordo que antes do embarque, para chegar ao aeroporto tive que caminhar pela Avenida Washington Luis (eram 19:30 da noite), na época interditada em frente ao acidente com meu colega Fezinho Mungioli e não falávamos absolutamente nada. Literalmente não conseguíamos falar. Não existiam palavras para expressar a tristeza que tomava conta de nós dois naquele momento.
Como não poderia deixar em branco, deixo aqui meu total repúdio ao Governo Federal e seus órgão reguladores e/ou gestores. No dia seguinte, milheres de alternativas foram apresentadas pelos Ministros Jobim e Dilma Russef e pelo pateta-mor da República, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Terceiro aeroporto, nova pista em Cumbica, desafogamento do tráfego aéreo em Congonhas nada disso foi feito, quem anda bastante de avião como eu, sabe que o aeroporto de Congonhas está tão congestionado como antes. Apenas a espera de mais uma catástrofe. Aí, como sempre, o pateta-mor vai dizer que não sabia de nada. E pior, vai ter mais gente que acredita nele e eu como fico nessa história?? Bem, eu posso ser mais um dos próximos 199.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Te conheço de algum lugar...

Você que se apaixona diariamente no metrô e nunca mais teve a oportunidade de encontrar aquela gata, ou aquela garota que sonhou com um príncipe encantado mas não lembra mais da cara dele depois do café da manhã, ou você mesmo que teve sua carteira roubada por algum pivete... calma é só usar o Ultimate Flash Face que ao menos você pode criar um retrato falado da pessoa. Ai, meus amigos é só sair por aí procurando...


Abaixo, coloco o retrato falado de uma pessoa ilustre no Chile, mas não é o Maurício Hernández Norambuena**




** Maurício Hernández Norambuena: preso em 2002, é responsável pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto. Agurda extradição da justiça brasileira para o Chile.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Blogs II

Recomendo a todos que são artistas (e os que não são também) uma visita ao blog do amigo Káfeja. O trabalho do cara é bastante criativo...


I.N®E.V.O.L.U.T.I.O.N.W.E.T.R.U.S.T.




Lei de Gérson

Certas leis não precisam nem de fato existirem...
...já pegam por si só...

O País passou por várias crises de identidade neste século. A pergunta "quem somos nós?" esteve em vários momentos permeando a produção da intelectualidade nacional. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter criado por Mário de Andrade, surge exatamente da necessidade de uma nova definição do que era ser brasileiro, tema pulsante na década de 20 (veja mais sobre Macunaíma neste blog), quando os imigrantes contribuíam para um novo perfil de nação. A convicção era de que a mão-de-obra importada era muito melhor que a nacional. Alguns estudiosos defendiam que dos escravos havíamos herdado o horror ao trabalho e dos índios um talento especial para a preguiça. É desse cenário que surge a compreensão da força da malandragem, uma espécie de contraponto ao exército de trabalhadores dedicados e produtivos, que primeiro a agricultura e depois a indústria tanto necessitaram para competir no mercado internacional. Os malandros passaram a fazer parte do imaginário de um país de alma escravista como uma espécie de resistência ao modelo europeu cheio de regras. Era astuto, esperto e vivia de "expediente", como se dizia na época, e, mais do que tudo, sabia dar um "jeitinho" em tudo. Ganhava dinheiro fora das formas oficiais, jogando bilhar, apostando em cavalos e, em alguns casos, sobrevivendo na gigolagem. Com o passar dos anos, o malandro despencou cada vez mais para a contravenção, mas o folclore do jeitinho já havia marcado definitivamente o caráter nacional. Sua expressão mais agressiva vai desembocar na década de 70, tendo como marco o comercial do cigarro Vila Rica. Era um momento em que se pensava o nacionalismo em parâmetros bem diferentes dos anos 20. Havia um orgulho verde-amarelo e uma megalomania alimentada pela ditadura. Nesse contexto, um herói nacional como o tricampeão Gerson solta sua frase mais famosa. "Você gosta de levar vantagem em tudo, certo?" A propaganda não teve uma interpretação pejorativa na época, mas depois virou lei. "Para o período era um jargão superdifundido. A propaganda captou um elemento de identificação que estava no imaginário popular", acredita Maria Izilda Matos, historiadora e pesquisadora da boemia. "A lei de Gerson funcionou como mais um elemento na definição da identidade nacional e o símbolo mais explícito da nossa ética ou falta de ética", completa a historiadora. Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao reclame, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson. (Revista ISTOÉ - Nº 1578 – 29 de dezembro de 1999)

Trips VI

Verão 2008

Conspiração dos amiks em Itamambuca...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Biscoito de Lama

Recentemente, tive a tarefa de desenvolver um trabalho a respeito dos sindicatos no Haiti. Tarefa dura, afinal poucos são os sindicatos que tem voz num país de 80% de desempregados. Entretanto, logo de início, fiquei tocado com a situação calamitosa que encontra-se essa ilha do Caribe. Além do desemprego, o Haiti encontra-se hoje mergulhado na miséria, na fome, na violência sem controle, nos desastres ambientais, na ganância das grandes potências, das multinacionais que sugam toda a riqueza e a moral de um país que, séculos atrás, foi a colônia mais rica da América.

As fotos que apresento abaixo é a base da alimentação de muitos haitianos hoje, o biscoito de lama, feito com argila amarela, banha, açúcar e sal. Por mais incrível que pareça, até este simples "biscoito" tem sofrido constantes aumentos de preços, devido a crise dos alimentos. Alimentos? Difícil de aceitar uma coisa dessas...


Blogs I

100% CMTC
http://fotolog.terra.com.br/tudodeonibus:A200710



Parabéns ao "busólogo" Rafinha pela iniciativa e pelo rico acervo de fotos.



Foto: Marcos Robles.

CMTC Thamco Fofão Scania K-112

Andar nesse ônibus aí era um grande sonho meu quando criança. O ônibus vermelho de dois andares, inspirado nos ônibus que circulam em Londres foi introduzido pelo então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros.

Nem me lembro mais de quantas vezes eu pedi aos meus pais para me levar para andar, mas me lembro quantas vezes fui atendido... nenhuma!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Minha Cidade I

Edifício São Vito
Localização: Av. do Estado x Rua Mercúrio, em frente ao mercado Municipal
Idade: 45 anos



Foto: Guilherme Gonçalves - Agosto 2006

Desde 2003 desocupado, o edifício São Vito já abrigou simultaneamente mais de 3.000 pessoas. Não à toa, ganhou o apelido de "treme-treme". A área do edifício é de 21 mil m2. O São Vito é formado por 624 quitinetes (com áreas entre 28 m2 e 30 m2). Tem 27 pavimentos -26 residenciais- e cada andar tem 24 apartamentos. Chegou a ser considerado uma favela vertical e a ser classificado como um dos símbolos do que a cidade de São Paulo tinha de pior. Para modificar essa imagem, o projeto de restauração do São Vito previa a diminuição no número de moradores para 1.000, que se dividiriam em cerca de 390 apartamentos -com tamanhos ampliados para áreas de 352 a 60 m2. A intenção do arquiteto Roberto Loeb, responsável pelo projeto, era deixar cada pavimento com até 15 residências e melhorar a ventilação. Também estavam previstas a pintura e a reforma da fachada, a implantação de uma creche no mezanino, abertura de bares e lojas no primeiro andar e a criação de um mirante na cobertura. A implosão do prédio histórico, cuja construção terminou em 1959, chegou a ser cogitada na gestão Marta (PT). A idéia foi deixada de lado quando técnicos constataram que as estruturas não tinham danos mais graves e que, com a demolição, o Edifício Mercúrio, vizinho, teria de vir abaixo.

Foto: JA Garcez Novembro 2005 http://www.pbase.com/capercaillie/image/54971675

Trips V


Porto Feliz 1998 - Engenho de Açúcar (1878)

Foto: Guilherme Gonçalves - Julho 1998

ENGENHO VELHO
Engenho velho e triste, inválido troféu,
Com paredões de pedra e travas colossais
- Mastodonte de taipa, a dormir sob o céu,
Relembrando o Brasil dos tempos coloniais!...
Essa mole rural de peroba e cabreúva,
Erguida pelas mãos dos pobres africanos,
De cumieira selada aos embates da chuva
- Resiste bravamente ao peso dos cem anos!...

No seu bojo em silêncio, entram résteas de sol
E onde a velha fornalha irradiava clarões,
O mato rompe hostil, se arrasta o caracol
E a força da enxurrada escavou socavões.

A tosca chaminé, hirta no velho aprumo,
Caducando, senil, no maior dos sossegos,
Em vez de se enfeitar com penachos de fumo,
Guarda teias de aranha e nuvens de morcegos.

No tendal alagado, entre cochos vazios,
Onde outrora se ouvia o cantar dos "banqueiros",
Na calada da noite, em recantos sombrios,
Coacham com tristeza os sapos carpinteiros...

E esse engenho que vem dos idos tempos bravos,
Imerso, como está, nesse extremo torpor
Foi a angústia sem fim do mundo dos escravos
E a grandeza fugaz do ríspido senhor...

Na barroca perdido, ao sabor da erosão
A se diluir nos tons da mata que o encerra,
Ninguém mais pensará que esse torvo aleijão
Foi um dia na vida - o poder de uma terra.

Engenho, o teu viver na existência passada
Ainda ecoa em clamor de antigos sofrimentos
Na noite tropical, quando canta a nortada
Na velha escuridão dos teus travejamentos!

No teu poente sem luz, só te resta e alumia
Como em tempo distante, o mesmo azul do céu
- És a tumba de taipa a guardar com poesia
O despojo brutal de um mundo que morreu!...

João Campos Filho - Zico Láu - 1941

Foto: Guilherme Gonçalves - Julho 1998

Foto: Guilherme Gonçalves - Julho 1998

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Iracema

Que encontro espetacular...


Trips IV

Self-Portrait
Praia de José Ignácio
Punta del Este
Uruguay
Dez/2007

Contra-Baixo, o início

Ontem ao voltar da praia tive uma surpresa. Finalmente ele havia sido entregue. A minha mais nova aquisição... um contra-baixo! Ok, num é assim o melhor baixo do mercado, mas como diz o ditado popular: "para treinar qualquer bola serve!" Foram anos e anos tentando aprender, honestamente sem muito sucesso, a tocar violão. Gosto de música e muito. Principalmente as bem tocadas, mas escuto todas, gostos e preferências cada um tem as suas, e não venho aqui divagar sobre este assunto.

O desafio agora é esse começar a tocar um novo instrumento "do zero", posso ter alguma vantagem por conhecer um pouco o violão, mas a viagem partirá do início e faço questão de compatilhar essa sensação aqui neste blog solitário!

Voltei...

Depois de alguns meses longe, resolvi voltar e dar a atenção devida ao meu blog. E não foi para minha surpresa que havia um comentário!? Incrível!! Ok, era mais uma propaganda do que um comentário propriamente dito! Mas tudo bem, afinal nada pior do que entrar em um blog e vê-lo abandonado. Lixos tecnológicos do Século XXI...