sexta-feira, 7 de novembro de 2008

E o vencedor é...

Pois é, ele venceu a eleição... na vida real.


mas esse aqui também tinha vencido uma eleição... na ficção

Depois de mais de um ano de campanha eleitoral, eleição essa que envolveu cifras bilionárias, finalmente chegou-se a um vencedor, o novo presidente dos Estados Unidos da América. Barack Hussein Obama.

Jornais do mundo todo desde o dia 04/11/2008 apontam a vitória do democrata como a salvação do planeta, o fim da crise mundial, do racismo, da desigualdade, etc... mas vamos com calma. Entendo que a histórica vitória dos Democratas muito se valeu para fragilidade da legenda dos Republicanos, com um candidato veterano de guerra, aparentemente cansado e instável aliado à uma crise assombrosa que vem pela frente e um segundo mandato desastroso (se bem que o primeiro também foi) de George W(c). Bush.

Mas históricamente os democratas não são essa maravilha que a imprensa adora pregar. Assim como Bush pai e Bush filho, o governo de Clinton também fez guerra, guerra essa que matou também muitos civis e inocentes em Kosovo ou na Somália. A economia americana depende da guerra, isso foi incentivado com o modelo Keynesiano logo após a quebra da bolsa de NY em 1929.

A indústria bélica é historicamente rentável e desde então, tendo a África como exemplo, inúmeras guerras tribais fortemente equipadas com armas Made in USA ocorreram, Ruanda, Congo, Eritréia, Somália, etc... todos com armamento americano - americano assim como o Obama - e sangue derramado africano - africano "assim" como o de Obama.

A economia americana está em declínio, a responsabilidade é toda deles, quem paga a conta somos nós. Os Democratas durante todos os anos Clinton nos empurraram a todo custo a ALCA, Área Livre das Américas que pode ter boas intenções, como tantas que podem ser encontradas no inferno. Bombardearam o Mercosul e os demais países latino americanos com acordos de livre comércio que detonavam qualquer iniciativa de integração LATINO-americana. E por quê mudaria agora com o Obama?

Evidentemente, se o Mc Cain ganhasse a história não seria muito diferente, resta aos americanos agora tentar tapar o buraco da crise criada internamente. A falta de controle nos créditos imobiliários é a apenas a ponta de um iceberg, muito mais vem pela frente. Durante anos a bandeira da globalização só apresentou as benesses, mas nunca se apresentou o outro lado. Por anos os EUA permitiram a entrada de produtos chineses ao seu mercado para evitar a escalada da inflação... as indústrias simplesmente se deslocaram para outros países e agora como fazer para gerar empregos?? Na indústria? Não existem tantas mais à disposição, se mudaram com a globalização para o Sudeste Asiático. Na construção civil?? Seria uma possibilidade, mas a infra-estrutura norte americana é bem consolidada e o mercado imobiliário é o epicentro da crise. Na agricultura? As plantações americanas são consideravelmente mecanizadas e a possível absorção de mão de obra apenas encareceria ainda mais os já subsidiados produtos agrícolas americanos. Na guerra? Opa, peraí estamos voltando ao início do post...

Uma vez, na teletramaturgia, um bóia fria venceu as eleições... o famoso Sassá Mutema. De jeca e analfabeto passou a ser um político poderoso, mas totalmente usado ao sabor das conveniências. Evidentemente que não comparo um senador extremamente qualificado com um bóia fria... mas não vamos comparar os Estados Unidos da América com Tangará... as conveniências são outras.

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